13 março, 2010

Homicídio dos Peixes


E ela tentava matar seus peixes, eles que desvirtuavam sua vontade de viver no mundo das idéias.
Ela à todo instante os percebia, percebia o poder que eles exerciam sobre ela, era uma indescritível relação de amor e ódio, esse ódio que ela bem conhecia, ódio de si mesma, dos peixes que ali insistiam morar na sua mente.
Ela amava aquilo,Tentando matar seus peixes , que tanto queria bem ! Sofrem de irracionalidade , tão dotados de utopias e contradições . Ela podia perceber quando o surreal se aproximava, sentia o cheiro quando a inércia a dominava, na presença de um por do sol bonito, ou na imagem que o museu desenhava pra ela quando ela lá estava.
Complicado esse sentimento de peixe detestar aquário,por mais estressante fosse habitar ali, faziam a inércia livre acontecer, quando se sentissem à vontade.
Quando se vive em um mundo insano, em que é difícil encontrar fatos comuns aos seus, a luta contra si é intensa e decisiva ... E ela pensava agora, na hora que é necessária a matança piscíquica a pis da química, ou a pisciana matança, a pis da ciência, nem tudo são peixes

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